quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Por que ir a Missa Tridentina

Escrevi este artigo em 15 de abril de 2012

Já ouvi muitos questionamentos quanto à missa nova e tridentina. Se em ambas está presente o sacerdote, Cristo, sua palavra e seu corpo na eucaristia, por que vou à missa tridentina?
Primeiramente como músico, prefiro começar pela música. Quem canta reza duas vezes, dizia Santo Agostinho, música e sacralidade tem tudo a ver. Certos tipos de ritmos e músicas não são adequadas para a missa, as que tocam atualmente nas missas brasileiras estão totalmente inapropriadas. O canto gregoriano eleva a alma a Deus, ao som do coro e do órgão  podemos cantar a beleza de Deus, lembrando que a música é cantada para Deus e não para agradar as pessoas.
Segundo ponto, por causa do respeito que se deve a missa. Na santa missa não se batem palmas, não se assiste sentado ou sem nenhuma reverência, se acompanha modestamente vestido sem conversas ou atitudes insanas.
Terceiro, por causa do rito em si. Há no padre postura, ele é Cristo, está propriamente paramentado, sabe muito bem o que está celebrando, se humilha perante Deus, e pede que ele seja purificado de seus pecados antes de adentrar o altar. Ainda no coro, ele precisamente pronuncia as primeiras palavras “Entrarei no altar de Deus, ao Deus que dá alegria a minha juventude”. Em todos os lugares no mundo o rito latino é o mesmo, não se muda nem mesmo um único gesto ou palavra, demonstra a universalidade da Igreja. A postura do sacerdote que se inclina a Deus, ele está ali, e roga a Deus por nós, como Cristo. Todo o mistério de Cristo está ali, não se pode perder nenhum detalhe. É visualmente belo, sonoramente audível, fisicamente edificante, em todo sentido é um culto exclusivamente à Deus, e o homem deve se inclinar e adorá-lo, escutá-lo, submeter-se, entregar-se, converter-se. Ou seja não é simplesmente um rito é um ato de fé e adoração.
Quarto, por causa do silêncio, ao menos que pelas primeiras vezes não pudesse entender por completo todos os gestos, sinais e dizeres, fiquei em silêncio e contemplava tudo o que acontecia, tudo o que estava ali me levava a rezar e pensar na minha salvação.
Quinto, por causa da contemplação, como admiramos os quadros, pinturas e imagens esculpidas, que iconografiam nossa fé, a santa missa no rito tridentino é contemplativa, mais parecem o céu.
Sexto, por causa da sacralidade, não se pode confundir coisas santas e profanas. Elas se opõem, a começar pelas músicas e termina pela maneira de se vestir.  Nas missas brasileiras se procura imitar até mesmo o modo de se vestir na sociedade, não se pode confundir. A modéstia no vestir, por exemplo, inspira muitas pessoas a viver uma vida santa. Não somente isso, não temos o direito de tocar na Eucaristia, somente o sacerdote tem as mãos ungidas para tal, somos indignos e não recebemos essa missão.
Sétimo, por causa da humilde inclinação, não se quer chegar a Deus por força de palavras, mas pela humildade e arrependimento, ninguém pede perdão a Deus sem um gesto de inclinação, no caso durante o Kyrie, e também nos momentos apropriados, bate-se no peito dizendo “Minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa”, somos nós os responsáveis pelos nossos atos, pecamos e estamos arrependidos.
Oitavo, por causa da orientação. Vou explicar, na missa tridentina, a orientação é Deus chamada versus Deum, ele está no sacrário e no crucifixo, toda a nossa atenção está em Deus, e não no leitor, no salmista, no cantor, nos ministros da comunhão que está no altar, nos coroinhas, de jeito nenhum, temos somente olhos para Cristo.
Nono, a missa tridentina devolve ao católicos a sua verdadeira fé, não sentimos em nós mas o vemos com os nossos olhos a sacralidade da missa. Não estamos com os olhos no meio ou em nós mas no céu, no alto, buscando afeiçoarmos ao Senhor nossas vidas. E de joelhos adoremos ao Rei dos Reis, Jesus Cristo que é digno de toda honra e majestade.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Missa Sertaneja com chapéu e acordeão



Cachoeira Paulista, sábado, 24 de novembro de 2012 – “Procissão de entrada” dos sacerdotes concelebrantes em Missa do Padre Fábio de Melo no VI Acampamento Canção Nova Sertaneja. A esta aberração, restam apenas as duras palavras do livro do Profeta Malaquias (2, 3):
“A vós, ó sacerdotes, dou esta ordem: Se não me ouvirdes, se não tomardes a peito a glória de meu nome – diz o Senhor dos exércitos -, lançarei contra vós a maldição, trocarei em maldições as vossas bênçãos; aliás, já o fiz, porque não tomastes a peito (as minhas ordens). Eis que vou abater vosso braço, espalhar-vos esterco no rosto – o esterco de vossas festas – e sereis lançados fora com ele” .

Missa mágica, mais uma do capeta... veja no vídeo:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ooPjHBsknJ4#!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Hábito e disciplina atraem vocações para a Igreja

Vocações querem vida religiosa tradicional séria













Os conventos de religiosas se modernizaram no período posconciliar adotando o figurino da “Igreja nova” e “jovem”.

Porém, na maioria dos casos acabaram se desertificando por causa de renúncias, apostasias, e falta de vocações.

Nos EUA, segundo a rádioNPR, a média da idade das freiras é cada vez mais alta e as vocações são largamente insuficientes.

Porém, algo mudou a fundo nos últimos anos.

Conventos como os das dominicanas de Santa Cecília em Nashville, Tennessee, assistem a uma explosão de noviças com um promedio de idade de 23 anos.

Não atraem vocações!
A questão é que as dominicanas de Nashville usam os hábitos tradicionais e seguem uma disciplina de vida estrita marcada pela oração, o ensino e o silêncio.

E essa é uma nota comum da nova onda de mosteiros em crescimento.

Na capela de Santa Cecília, o dia começa no mais estrito silêncio às 5:30 da manhã.

Nessa hora só se ouve o fru-fru dos hábitos, mas na capela há mais de 150 moças ajoelhadas, rezando e cantando.

Há algumas freiras idosas do antigo período “jovem e aggiornato” em cadeira de rodas.

Hábito diz: "somos esposas de Cristo"
O que está acontecendo?

As refeições também são em silêncio, com as religiosas sentadas lado a lado em longas mesas, vestindo hábitos completos e véu, servidas pelas noviças.

A Irmã Joana de Arco já foi jogadora de basquete, se doutorou na Notre Dame Law School, e foi voluntária na África, mas só no mosteiro de estrita observância sintiu-se à vontade. “Deus pediu-me: entrega-me tua vida!”, conta ela.

Elas acham que o hábito completo branco das dominicanas “é maravilhoso, é uma lembrança continua de sermos esposas de Cristo”, como diz a Irmã Mara Rose McDonnell.
“O hábito fala aos outros que existe uma realidade além deste mundo. É o Céu. Nós todas estamos voltadas para o Céu”, acrescenta.

A Irmã Anna Joseph Van Acker explica: “nossa geração está sedenta de ortodoxia”.

A maioria delas visitou vários conventos, mas como diz a irmã Joana de Arco “eu desmaiei quando as vi com seus hábitos, com aquela alegria, ouvindo ou cantando. Ô! Foi algo cativante, mas tão cativante!”, exclama.
Os bispos católicos imploram religiosas dominicanas para cuidarem de escolas paroquiais. Mais de 100 delas ensinam em 34 escolas de 13 Estados.

Elas produzem uma forte e positiva impressão nos alunos porque não batem com o estereotipo de freira desbotada.

As 300 dominicanas de Santa Cecília, comenta a NPR, com seus longos hábitos, seu regime disciplinar, seu incessante ritmo de silencio e orações, estão fazendo do conservadorismo o novo pólo de radicalidade na Igreja Católica.
http://luzesdeesperanca.blogspot.com.br/2011/02/habito-e-disciplina-atraem-vocacoes.html