sábado, 21 de dezembro de 2013




Na audiência geral na praça de São Pedro o Pontífice falou sobre o nascimento de Jesus

Como um de nós 

Deus vem para estar connosco, ele é o "Deus connosco". E para que o povo grave bem esta realidade no coração o Papa Francisco pediu aos fiéis, reunidos na manhã de quarta-feira, 18 de Dezembro, na praça de São Pedro para o habitual encontro da audiência geral, que repetissem várias vezes juntamente com ele: "Deus está connosco".
E a praça seguiu-o, ritmando em uníssono estas três palavras. O Natal, explicou o Pontífice, recorda exactamente a escolha de Jesus de habitar no nosso mundo real, marcado por "divisões, malvadez, pobreza, prepotências e guerras". E fazendo assim tornou-se "como um de nós". Esta, continuou o bispo de Roma, é "a manifestação de que Deus se "declarou" de uma vez por todas da parte do homem, para nos salvar, para nos tirar do pó das nossas misérias, das nossas dificuldades, dos nossos pecados". Eis por que o Natal é uma "festa da confiança e da esperança que vai além da incerteza e do pessimismo".
Portanto, foi neste espírito natalício que se realizou o último encontro semanal do Papa com os fiéis no ano que está para se concluir. A próxima audiência geral será realizada na quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014. Neste espírito deve ser interpretado o gesto de delicadeza do Papa Francisco em relação ao seu predecessor, Bento XVI, com o qual falou pelo telefone, para o saudar e desejar boas-festas.
Na catequese o Pontífice insistiu sobre a necessidade de viver o Natal fazendo-nos "pequenos com os pequenos e pobres com os pobres". Porque é "triste - observou - quando se vê um cristão que não quer abaixar-se, que se recusa a servir". A atitude correcta com a qual viver o Natal, ao contrário, é prestar atenção a quantos estão sozinhos, aos pobres, marginalizados, famintos, desabrigados, sofredores ou provados pelas guerras, em particular, as crianças. A todos eles devemos abrir "os nossos corações de modo que participem da nossa alegria", disse no final da audiência: deixemos para eles - foi o seu convite para um Santo Natal - "um lugar vazio à mesa da grande ceia da Vigília".


(©L'Osservatore Romano - 19-26 de dezembro de 2013)

domingo, 6 de outubro de 2013

O Papa nunca adotou a "teologia" da libertação, diz autoridade do vaticano

Dom Angelo Becciu (foto Grupo ACI)
ROMA, 24 Set. 13 / 09:05 am (ACI/EWTN Noticias).- O Substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, Dom Angelo Becciu, assinalou categoricamente que "o Papa nunca adotou a teologia da libertação entendida no sentido ideológico", em uma entrevista concedida ontem (23 de set) ao jornal italiano Corriere della Sera.
As declarações do Arcebispo Becciu se dão apenas alguns dias depois do encontro entre o Papa Francisco e o Padre Gustavo Gutierrez, teólogo peruano considerado como um dos pais da controvertida teologia da libertação. Este encontro ocorreu a pedido do Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Arcebispo Gerhard Muller.
Na entrevista publicada ontem no jornal italiano e em que o Prelado fala sobre o discurso do Papa deste domingo em Cagliari (Itália), Dom Becciu disse que o Santo Padre "nunca aceitou a teologia da libertação entendida no sentido ideológico e foi severo com os que queriam transformar a Igreja em uma ONG. Isto o leva a gritar com mais autoridade contra as injustiças do capitalismo selvagem".
Dom Becciu disse também que "foi clara a sua crítica (do Papa) a um sistema econômico e financeiro onde prevalece o ídolo do dinheiro e que pelo proveito está disposto a tudo, a sacrificar os direitos fundamentais".
O Prelado explicou logo que "a verdadeira teologia da libertação é a que também a Igreja adotou e aprovou: a teologia em que Deus está em primeiro lugar e busca defender os pobres fazendo-se expressão da solidariedade e do esforço dos católicos".
Para Dom Becciu, o discurso do Santo Padre é essencialmente cristológico: "a salvação total frente a Jesus. Quem tem deve compartilhar e investir: o caminho inteligente de quem atua da maneira adequada. Falar de pauperismo empobrece o discurso. É a Doutrina Social da Igreja: o dinheiro não pode ser a meta".

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Por que Pe Pio apanhava do demônio?

http://padrepauloricardo.org/episodios/por-que-padre-pio-apanhava-do-demonio

A bandeira ideológica do aborto


 

Sabemos, como sociedade formada e informada, que diversas ONG's nacionais e (sobretudo) internacionais fomentam a formação de grupos sistematicamente organizados para divulgar, defender e promover estas práticas no país. Entretanto, é publicamente conhecida a aversão da maioria da população brasileira a tais práticas.
É ainda conhecida a série de discussões filosóficas e científicas acerca do começo e do fim da vida. Gostaria de situar um pouco daquilo que honestamente posso observar acerca do conceito de vida. Desde quando o ser humano existe sobre a superfície terrestre, o desenvolvimento da civilização tem se mostrado nos momentos em que ele se nota um ser para os outros. De fato, o próprio surgimento daquilo que comumente se chama natureza, procede de acontecimentos fisicamente improváveis e decorre de uma série de fatores assim notados pelas ciências físicas que conferem um equilíbrio ainda não totalmente compreendido. Dentro da dinâmica do processo de desenvolvimento orgânico da assim chamada natureza, a própria irrupção do homem e sua permanência como ser a ela integrado é algo ainda mais improvável, procedente de um profundo exercício da vontade, da inteligência e dos sentimentos. Foram tais elementos que levaram o homem a uma verdadeira batalha, não diria contra a natureza, mas em profunda tensão com ela. As relações do homem com a natureza nem sempre foram das mais harmoniosas, mas houve, por longos e longos séculos, a compreensão de que essa tensão exigiria uma série de atitudes, que hoje, com a compreensão que temos, poderíamos chamar de sacrifícios.

De uma forma geral, a manifestação das propriedades dos elementos da natureza são uma maneira sacrifical de existir, onde aquilo que não era expresso, passa a ser expresso, nomeado e caracterizado pelo homem, em função de transformações as mais diversas, que viriam em favor de um devir. O que seria esse devir?

Não é difícil afirmar que estamos diante de um esforço para a preservação da espécie humana e de um cuidado especial para com a prole. Ou seja, ao longo do desenvolvimento orgânico da consciência humana sobre a superfície terrestre, esta apontou para o fato de que o homem provinha de um sacrifício e estava destinado a isso se quisesse ver a alegria de sua família, de seu clã e de sua nação. O desenvolvimento das civilizações se deu quando essa consciência estava aguçada e firmemente estabelecida  no seio da sociedade. Quando essa consciência se desligava desse fato, sérias inflexões ocorriam, como acontecera no Império Grego e no Império Romano.


O desenvolvimento da cultura, das ciências e das artes no Ocidente seguiu essa linha de ação e de consciência e a maioria das realidades que dizem respeito ao desenvolvimento científico e tecnológico de que hoje desfrutamos se deve a esse papel da civilização ocidental.

Com esses parágrafos, gostaria de afirmar primeiramente: o homem é uma realidade de sacrifício. Surgiu através de um, sua vida encontrará significado nas diversas entregas de sua história, até que venha, se assim permitido, expirar no sacrifício último de sua vida, tendo exalado nos seus últimos dias sabedoria para as gerações em função das quais este ser foi sacrificado do começo ao fim.


 
Porém, vemos aqui o homem sacrificado, mas ao redor dele, se assim podemos nos expressar, temos um jardim: uma juventude (seus filhos e netos) cheia de significado, encontrando nas diversas realidades aquela saudável tensão com a natureza e com seus pares; obras as mais diversas, seja nos serviços mais simples, seja no desenvolvimento da ciência e da tecnologia, seja no atendimento a doentes e agonizantes, seja ainda na transmissão do conhecimento, seja enfim no envolvimento positivo em decisões políticas que levem seu país a se tornar um modelo de humanidade para todas as nações. O que brevemente quis expor aqui é que essa realidade sacrifical de onde o homem vem (gratuitamente, por meio de um ventre feminino) e para onde se destina (naturalmente, através de uma vida sábia) não permite, honestamente, dizer que a vida pertence a si.


Também não pertence à arbitrariedade dos Estados, como já se pode observar em certos países (que não demoram a entrar em colapso). Diria que a vida é algo maior do que o homem, que ela contém o homem, mas que este jamais pode dispôr dela. No sentido de que, quanto mais conhecemos algo acerca da vida, mais percebemos que temos muito a conhecer, uma conclusão natural deste fato é a de que a vida é um mistério. Definir a vida, esquadrinhar a vida, encapsulá-la ou, por fim, esquartejá-la é algo cujas consequências mais radicais podem não ser controláveis em médio prazo.

Quando afirmo isso, penso, por exemplo, no Império Romano, que, depois de períodos de pujante riqueza, mas de profundas arbitrariedades sobre a vida, sobre quem deveria viver ou não, começou a entrar em grande colapso, até o momento em que os bárbaros, vindos do norte da Europa, saquearam-no por completo, e este continente teve de conviver, pelo menos, 200 anos num universo de falta de sentido para o ser humano, e completa desagregação social. Poderíamos elencar algo de certos abusos que ocorreram quando membros do clero europeu, pelos idos dos 1400 aos 1600, também assim interpretaram certo domínio sobre a vida e mesmo as instituições eclesiásticas passar, por sérios colapsos entre os séculos XVI e XVIII. Porém, as mais horrendas manifestações de arbitrariedade encontraram suas expressões nos regimes nazi-fascistas e comunistas do século XX. Os primeiros, além de matar mais de 6 milhões de judeus, além de outros inimigos do regime, conseguiram energizar uma grande guerra em que outros tantos foram vítimas, num desejo insano de estabelecer uma hegemonia racial. Os outros, já desde a revolução bolchevique até as demais herdeiras, conseguiram destruir cerca de cem vezes mais vidas do que os regimes nazi-fascistas ou quaisquer outros. Bem, hoje vemos países extremamente pobres (como Cuba, Albânia ou Coréia do Norte) ou extremamente caros (como a própria Rússia) ou extremamente opressores (como a China).

Trocando em miúdos, independente da corrente que se siga, dispor da vida alheia é sempre um risco para a própria nação. Mesmo que um cidadão não venha a acreditar num devir após seu período de existência na terra, pode-se pensar num devir aqui. A idéia de dispor de vidas, decidindo-se sobre quem devia viver ou não, proveio não raras vezes da idéia de construir  uma vida com qualidade perfeita na superfície da terra. Até hoje, com tudo isso, não conheço nação que a tenha encontrado, pois, mesmo quando se chega a níveis máximos de IDH, o índice de suicídios (assistidos ou não) também os acompanha... Ao menos, assim acontece nos Flandres e na Escandinávia.

Fala-se, pois, do direito da mulher. Diz-se de que ela é dona do próprio corpo. Não entendo que seja, como eu, um homem, também não o sou. Ainda que fosse dona, um nascituro, um zigoto, um embrião, um feto, um bebê, não faz parte de seu corpo. É outro ser, traz em si todas as informações genéticas que o irão individuar. Mesmo que o corpo da mulher lhe pertencesse, a criança não lhe pertenceria.

 
A propósito, há pouco dizíamos algo sobre sacrifício. Há sacrifício que gera vida, que planta um verdadeiro jardim no universo; há também sacrifício que gera morte e desgraça. Como realizar um aborto e sentir-se com a consciência livre, capaz de juistificá-lo e até defendê-lo? A realidade observada é que a maioria das mulheres que o fazem, voluntariamente ou não, trazem uma marca terrível em sua consciência e prefeririam esquecer daquele momento de sua história. Mas isso é impossível.
Eu arriscaria responder à pergunta: somente quando há uma resoluta e inarredável decisão em afirmar, até onde é possível ao ser humano, que a vida pertence a si, ou seja, ele é maior do que a vida. Se é maior de que esse mistério, o que mais seria mistério? E o que mais seria inextricável e mesmo respeitável? Essa auto-afirmação seria o princípio do colapso civilizacional.

As instituições que, por outro lado, fomentam o infanticídio (igualmente a eutanásia) estão movidas por propósitos que estão além de minha compreensão, mas parece muito coerente com a prática vigente de só preservar aquilo que tem valor agregado a curto prazo. Crianças (a depender de como elas venham ou de como as mães fiquem) e idosos não são assim para tal lógica. E mais uma vez, decide-se sobre quem deve ou não viver.

http://epectase.blogspot.com.br/

sábado, 7 de setembro de 2013

Homilia do Papa na vigília de jejum e oração pela paz na Síria, no Medio Oriente e no Mundo

2013-09-07 Rádio Vaticana
«Deus viu que isso era bom» (Gn 1,12.18.21.25). A narração bíblica da origem do mundo e da humanidade nos fala de Deus que olha a criação, quase a contemplando, e repete uma e outra vez: isso é bom. Isso nos permite entrar no coração de Deus e recebermos a sua mensagem que procede precisamente do seu íntimo. Podemos nos perguntar: qual é o significado desta mensagem? O que diz esta mensagem para mim, para ti, para todos nós?
Simplesmente nos diz que o nosso mundo, no coração e na mente de Deus, é “casa de harmonia e de paz” e espaço onde todos podem encontrar o seu lugar e sentir-se “em casa”, porque é “isso é bom”. Toda a criação constitui um conjunto harmonioso, bom, mas os seres humanos em particular, criados à imagem e semelhança de Deus, formam uma única família, em que as relações estão marcadas por uma fraternidade real e não simplesmente de palavra: o outro e a outra são o irmão e a irmã que devemos amar, e a relação com Deus, que é amor, fidelidade, bondade, se reflete em todas as relações humanas e dá harmonia para toda a criação. O mundo de Deus é um mundo onde cada um se sente responsável pelo outro, pelo bem do outro. Esta noite, na reflexão, no jejum, na oração, cada um de nós, todos nós pensamos no profundo de nós mesmos: não é este o mundo que eu desejo? Não é este o mundo que todos levamos no coração? O mundo que queremos não é um mundo de harmonia e de paz, em nós mesmos, nas relações com os outros, nas famílias, nas cidades, nas e entre as nações? E a verdadeira liberdade para escolher entre os caminhos a serem percorridos neste mundo, não é precisamente aquela que está orientada pelo bem de todos e guiada pelo amor?
Mas perguntemo-nos agora: é este o mundo em que vivemos? A criação conserva a sua beleza que nos enche de admiração; ela continua a ser uma obra boa. Mas há também “violência, divisão, confronto, guerra”. Isto acontece quando o homem, vértice da criação, perde de vista o horizonte da bondade e da beleza, e se fecha no seu próprio egoísmo.
Quando o homem pensa só em si mesmo, nos seus próprios interesses e se coloca no centro, quando se deixa fascinar pelos ídolos do domínio e do poder, quando se coloca no lugar de Deus, então deteriora todas as relações, arruína tudo; e abre a porta à violência, à indiferença, ao conflito. É justamente isso o que nos quer explicar o trecho do Gênesis em que se narra o pecado do ser humano: o homem entra em conflito consigo mesmo, percebe que está nu e se esconde porque sente medo (Gn 3, 10); sente medo do olhar de Deus; acusa a mulher, aquela que é carne da sua carne (v. 12); quebra a harmonia com a criação, chega a levantar a mão contra o seu irmão para matá-lo. Podemos dizer que da harmonia se passa à desarmonia? Não. Não existe a “desarmonia”: ou existe harmonia ou se cai no caos, onde há violência, desavença, confronto, medo...

È justamente nesse caos que Deus pergunta à consciência do homem: «Onde está o teu irmão Abel?». E Caim responde «Não sei. Acaso sou o guarda do meu irmão?» (Gn 4, 9). Esta pergunta também se dirige a nós, assim que também a nós fará bem perguntar: 
- Acaso sou o guarda do meu irmão? Sim, tu és o guarda do teu irmão! Ser pessoa significa sermos guardas uns dos outros! Contudo, quando se quebra a harmonia, se produz uma metamorfose: o irmão que devíamos guardar e amar se transforma em adversário a combater, a suprimir. Quanta violência surge a partir deste momento, quantos conflitos, quantas guerras marcaram a nossa história! Basta ver o sofrimento de tantos irmãos e irmãs. Não se trata de algo conjuntural, mas a verdade é esta: em toda violência e em toda guerra fazemos Caim renascer. Todos nós! E ainda hoje prolongamos esta história de confronto entre irmãos, ainda hoje levantamos a mão contra quem é nosso irmão. Ainda hoje nos deixamos guiar pelos ídolos, pelo egoísmo, pelos nossos interesses; e esta atitude se faz mais aguda: aperfeiçoamos nossas armas, nossa consciência adormeceu, tornamos mais sutis as nossas razões para nos justificar. Como fosse uma coisa normal, continuamos a semear destruição, dor, morte! A violência e a guerra trazem somente morte, falam de morte! A violência e a guerra têm a linguagem da morte!
3. Neste ponto, me pergunto: É possível percorrer outro caminho? Podemos sair desta espiral de dor e de morte? Podemos aprender de novo a caminhar e percorrer o caminho da paz? Invocando a ajuda de Deus, sob o olhar materno da Salus Populi romani, Rainha da paz, quero responder: Sim, é possível para todos! Esta noite queria que de todos os cantos da terra gritássemos: Sim, é possível para todos! E mais ainda, queria que cada um de nós, desde o menor até o maior, inclusive aqueles que estão chamados a governar as nações, respondesse: - Sim queremos! A minha fé cristã me leva a olhar para a Cruz. Como eu queria que, por um momento, todos os homens e mulheres de boa vontade olhassem para a Cruz! Na cruz podemos ver a resposta de Deus: ali à violência não se respondeu com violência, à morte não se respondeu com a linguagem da morte. No silêncio da Cruz se cala o fragor das armas e fala a linguagem da reconciliação, do perdão, do diálogo, da paz. Queria pedir ao Senhor, nesta noite, que nós cristãos, os irmãos de outras religiões, todos os homens e mulheres de boa vontade gritassem com força: a violência e a guerra nunca são o caminho da paz! Que cada um olhe dentro da própria consciência e escute a palavra que diz: sai dos teus interesses que atrofiam o teu coração, supera a indiferença para com o outro que torna o teu coração insensível, vence as tuas razões de morte e abre-te ao diálogo, à reconciliação: olha a dor do teu irmão e não acrescentes mais dor, segura a tua mão, reconstrói a harmonia perdida; e isso não com o confronto, mas com o encontro! Que acabe o barulho das armas! A guerra sempre significa o fracasso da paz, é sempre uma derrota para a humanidade. Ressoem mais uma vez as palavras de Paulo VI: «Nunca mais uns contra os outros, não mais, nunca mais... Nunca mais a guerra, nunca mais a guerra! (Discurso às Nações Unidas, 4 de outubro de 1965: ASS 57 [1965], 881). «A paz se afirma somente com a paz; e a paz não separada dos deveres da justiça, mas alimentada pelo próprio sacrifício, pela clemência, pela misericórdia, pela caridade» (Mensagem para o Dia Mundial da Paz, de 1976: ASS 67 [1975], 671). Perdão, diálogo, reconciliação são as palavras da paz: na amada nação síria, no Oriente Médio, em todo o mundo! Rezemos pela reconciliação e pela paz, e nos tornemos todos, em todos os ambientes, em homens e mulheres de reconciliação e de paz. Amém.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Qual a diferença entre a monarquia e a república para o BRASIL

Monarquia X República

Publicado em: 09/04/2010 Brasil Imperial.org.br 
Bandeira Imperial do Brasil


A Monarquia é uma forma de governo moderna e eficiente. Das 12 economias mais fortes do mundo atual, 8 são monarquias.
A República está sendo questionada em vários países, pois não tem solucionado seus problemas. Haja vista que, das 165 repúblicas atuais, só 11 mantêm regime democrático há mais de 20 anos.
    
O Monarca, sendo vitalício, pode inspirar e conduzir um projeto nacional, com obras de longo alcance e longo prazo.
O Presidente tem quatro anos para elaborar e executar o seu projeto de governo, cujo alcance é forçosamente limitado.
      
O Monarca não tem interesse em interromper os projetos de seus antecessores, dos quais participa antes mesmo de subir ao trono.
O Presidente quer executar o seu próprio projeto e, com freqüência, interrompe as obras dos antecessores. Em geral, não consegue completar os projetos iniciados por ele, que serão igualmente abandonados por seu sucessor.
    
O Brasil, como Império, era um país do primeiro mundo, junto com os Estados Unidos da América, Inglaterra e Alemanha.
A República conduziu o Brasil à condição de país do terceiro mundo, do qual a tendência é descer mais.
   
Se tivéssemos mantido a Monarquia, os sucessores de D. Pedro II, até agora, teriam sido apenas três.
No mesmo periodo de um século, tivemos 43 Presidentes, com igual número de mudanças de rumo e outro tanto de crises, golpes, instabilidades e ditaduras.
 
A imprensa costuma citar, com destaque, como exemplo de decadência da Monarquia, a conduta do Príncipe Charles e sua tumultuada relação com a Princesa Lady Di. Só que a Rainha de nada é acusada e, a sabedoria britânica, no devido tempo, saberá encontrar tranquilamente o sucessor de Elizabeth, sem solução de continuidade para a vida da nação.
Quem não se lembra, na República brasileira, da conduta reprochável de esposas, filhos, irmãos, genros e outros familiares ou agregados de tantos Presidentes, gerando inclusive, crises institucionais?
     
Parlamentarismo autêntico só com Monarquia, pois o Monarca é suprapartidário e tem posição equânime em relação aos partidos.
No parlamenterismo republicano, o Presidente é eleito e sustentado por conchavos de partidos e grupos econômicos, e tende a ter posição facciosa.
  
Na Monarquia, o Monarca é um amigo e aliado do seu Primeiro-ministro.
Na República, o Presidente é um concorrente ou um inimigo de seu Primeiro-ministro.
   
O Monarca é o símbolo vivo da nação, personifica sua tradição histórica e lhe dá unidade e continuidade.
O Presidente da República tem mandato de apenas quatro anos e é eleito por uma parte geralmente minoritária da nação. Por isso não a personifica, nem lhe dá unidade.
   
É função do Monarca, segundo o Imperador Francisco José da Austria, defender o povo contra os seus maus governos.
Rui Barbosa afirmou que "o mal irremediável da República é deixar exposto às ambições menos dignas o primeiro lugar do Estado", isto é, o Chefe de Estado.
    
O Monarca não está vinculado a partidos nem depende de grupos econômicos, por isso pode influir, com maior independência, nos assuntos de Estado, visando o que é melhor para o país.
O Presidente se elege com o apoio de partidos políticos e depende de grupos econômicos, que influem nas suas decisões, em detrimento das reais necessidades do povo e do país.
      
O Monarca é educado desde criança para reinar com honestidade, competência e nobreza, e durante toda a vida acompanha os problemas do país e colabora em sua solução, com independência política e partidária.
O Presidente não é educado para o cargo. Não raro, surge como resposta aos interesses de um partido. É como um passageiro de avião, que é eleito pelos demais para pilotar a aeronave, sem que para isto esteja habilitado.
  
O Monarca pensa nas futuras gerações.
O Presidente pensa nas futuras eleições.
   
Não se conhece exemplo de Monarca envolvido em negociatas, pois "Rei não rouba".
Em todo o mundo são freqüentes os casos de Presidentes desonestos.
      
A dotação de D. Pedro II era de 67 contos de réis por mês, e não se alterou durante os 49 anos de reinado. Com essa dotação ele manteve sua família e sustentou os estudos de muitos brasileiros famosos, como Carlos Gomes, Pedro Américo e o próprio Deodoro. Não havia mordomias.
Após a proclamação da República o salário de Deodoro, destinado apenas às suas despesas pessoais - não às do seu cargo -, foi ajustado em 120 contos de réis por mês, e os dos Ministros foram dobrados em relação aos do Império.
   
Na Monarquia, a nação sustenta apenas uma família.
Na República brasileira, além do Presidente, a nação sustenta hoje mais 7 ex-Presidentes e suas viúvas.
    
Na Grã-Bretanha, com toda a sua pompa e circunstância, o custo anual para o povo britânico sustentar a Rainha, sua família e todo o aparato é de US$ 1,87 per capita, e no Japão não chega a US$ 0,50.
No Brasil, estima-se que a Presidência custe à nação entre US$ 6,00 e US$ 12,00 per capita por ano.
 
As viagens de D. Pedro II eram pagas com o seu próprio dinheiro, e a comitiva não passava de 4 ou 5 pessoas.
As viagens presidenciais são pagas com o dinheiro do povo, e a comitiva já chegou a lotar dois Jumbos.
      
No Império havia 14 impostos, e uma norma que dizia: "Enquanto se puder reduzir a despesa, não há direito de criar novos impostos".
Hoje, o Brasil tem 59 impostos, e a todo momento surgem propostas para aumentar a carga tributária.
  
O menor salário do Império equivaleria hoje a US$ 275,00 e a diferença entre o menor e o maior era de 12 vezes.
O salário-mínimo republicano tem sido inferior a US$ 100,00, e a diferença entre ele e o maior salário de cargo público ultrapassa 200 vezes.
      
O salário de professora equivalia, no Império a US$ 730,00.
Hoje, os professores recebem salário "de fome", desestimulando o ensino. Em muitos locais, não chega a um salário-mínimo.
    
A inflação média do Império foi de 1,58% ao ano, apesar das enormes despesas com a guerra do Paraguai.
A inflação acelerou logo nos primeiros dias da República, e em 108 anos atingiu 64,9 quatrilhões por cento. Em passado recente chegou a 82,4% ao mês.